Até há pouco tempo, para praticar ciclismo de montanha era necessário ter uma bicicleta de montanha de 26 polegadas. Não existia outra medida de rodas. No entanto, de uns anos para cá, e como se fosse um romance de George R.R. Martin, estamos a viver uma autêntica tempestade de diâmetros de roda no reino das bicicletas de montanha. 29 polegadas, 27,5 polegadas, Fat Bikes, rodas semi-fat
, 29"Plus... Para alguns esta diversidade de tamanhos de rodas amplia as possibilidades de desfrutar deste desporto. Para outros, é uma bolha que está a levar a oferta a um desvario que confunde o consumidor. O que muitos têm absolutamente claro é que são as bicicletas de montanha
com rodas de 26 polegadas que estão a pagar as favas. Cada vez mais ciclistas mudam-se para as 27,5" e as 29", o que fez com que o valor das bicicletas de 26" no mercado de segunda mão tenha desvalorizado consideravelmente. Mas e se, precisamente por isso, agora for o momento ideal para comprar uma bicicleta de 26"?

Razões para apostar nas 26"

Há apenas dois anos diríamos que o mercado tinha dado o seu veredicto, e que as bicicletas de 26" estavam condenadas a desaparecer. Isto fez com que muitos utilizadores que queriam evitar ficar desatualizados, optassem por vender as suas MTB de 26" para comprar outras novas com maior diâmetro de roda. Uma das consequências deste fenómeno é que o mercado de segunda mão ficou cheio de bicicletas de 26 polegadas a um preço muito abaixo do seu valor real. Por isso é mais fácil encontrar uma pechincha.

Por exemplo, no mercado de segunda mão é possível encontrar bicicletas de montanha de 26 polegadas em carbono ao mesmo preço que há pouco custavam as de alumínio. Além disso, é possível conseguir bicicletas de montanha com montagem topo de gama por muito menos dinheiro do que custariam noutras medidas de roda, tanto em dupla suspensão
como com suspensão rígida
. E acima de tudo, o maior argumento a favor de comprar uma bicicleta de montanha de 26" hoje em dia é que estas bicicletas continuam a funcionar perfeitamente. Não há nenhum chip eletrónico ou mecanismo interno oculto e secreto que faça com que, por ser uma medida fora de moda, se partam de um momento para o outro, ou que se desfaçam em pedaços. São as mesmas bicicletas com que sonhávamos há menos de cinco anos, em perfeito estado de funcionamento, prontas para continuar a proporcionar horas e horas de diversão por trilhos florestais, por caminhos técnicos e por subidas e descidas técnicas.